A política pode (?) ser conceituada, de uma forma simples, como a arte de administrar, governar e dirigir uma nação, um país, um estado. Na concepção aristotélica, a política seria o meio pelo qual se buscaria a felicidade - do indivíduo e da nação, do povo -, sempre orientado pela ética.
Já a democracia, é o regime de governo aonde o poder é exercido pelo povo, e, no nosso caso, através de representantes dos parlamentos (Congresso, Assembléias e Câmaras de Vereadores). Ou seja, o poder é do povo.
Well, a felicidade é uma busca contínua de todo e qualquer indivíduo. Todos queremos ser felizes. A felicidade geral, depende, portanto, da felicidade do indivíduo. Porém, os indivíduos têm suas crenças, ambições, vontades e angústias. Pensam, concordam, discordam, teorizam e seguem teorias. Deixam legados, seguem religiões, ideologias e instintos.
A política, portanto, como concebida, vejo que não mais está posta para a felicidade da polis, do Estado. A democracia não mais se apresenta como tal. Faço tais afirmações pelo fato de que o indivíduo se individualizou tanto que acabou criando grupos, sociedades, paralelas a própria sociedade. Não temos mais um povo em seu sentido estrito. Temos um conglomerado vivendo num mesmo território.
Estamos de fato a buscar a felicidade geral da nação? Quando são postas as opções de voto, temos de fato votado naqueles que depositamos esperanças ou temos votado no menos pior, naquele que atenderá mais OU menos a nossa vontade? Temos votado, temos vivido, temos trabalhado com espírito de felicidade para todos ou apenas para nós, para nosso grupo, para nossa classe? É o que me parece. É o que parece que está posto.
Quero ainda falar um pouco mais da questão democrática.
Nos fora apresentada esse regime de governo, qual seja, a democracia, aonde TODOS, dentre aqueles habilitados pela Constituição, podem votar. Podem eleger seus representantes. Os representantes, ou candidatos a representante, por sua vez, são todos aqueles também habilitados pela Constituição Federal. Posso então concluir que quase todo mundo pode votar e quase todo mundo pode ser votado. Não existem restrições, tão somente aquelas previstas na Constituição. Então se infere que não existem mais ou menos qualificados para o voto, existem habilitados e inabilitados. Votaremos, aí então, por afinidade, por conhecimento, por experiência, naquele que julgarmos melhor para nos governar.
Contudo, o que se tem presenciado é uma apologia ao voto consciente, preferencialmente em cadidatos com grande formação acadêmica, experiência política, éticos e com uma reputação impecável.
Ao que me parece isso mais se traveste numa tentativa de aristocracia. Por que duras críticas quando um indivíduo sem formação acadêmica se elege? Por que não criticar, então, o regime de governo que aí está posto? Ele está lá pelo regime escolhido por outros representantes nossos. Nossa insatisfação deve-se demonstrar através do voto, ou, se necessário, através de revoltas, que podem ou não culminar em conflitos civis.
Me perdoem a confusão de ideias, mas o desabafo é necessário.
Não acredito mais na política que aí está posta. A democracia está subvertida, tentando-se cada vez mais impôr uma aristocracia ou ditadura cultural. A educação faz parte de POLÍTICAS PÚBLICAS, porém, a democracia está acima disso tudo e a política, como acima já, disse, deve buscar a felicidade da nação.
Amadurecer é preciso, mas de forma DEMOCRÁTICA, a duras penas se necessário. Não se pode é aceitar a imposição de ideologias e a defesa de interesses de minorias.